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domingo, 17 de junho de 2012

Grupos étnicos da Guiné-Bissau


Fulas

Os fulas ou fulanis (em fula: Fulɓe) são um grupo étnico que compreende várias populações espalhadas pela África Ocidental, mas também na África Central e no Norte de África sudanês. Os países africanos por onde se encontram incluem a Mauritânia, o Senegal, a Guiné, a Gâmbia, o Mali, a Nigéria, a Serra Leoa, o Benim, o Burquina Faso, a Guiné-Bissau, os Camarões, a Costa do Marfim, o Níger, o Togo, a República Centro-Africana, o Gana, a Libéria, até ao Sudão, a leste. Os fulas não são o grupo maioritário em nenhum destes países, com excepção da Guiné.

São povos tradicionalmente nómadas que praticam a pastorícia.

Balantas

Os balantas (palavra que significa literalmente "aqueles que resistem") são um grupo étnico dividido entre a Guiné-Bissau, o Senegal e a Gâmbia. São o maior grupo étnico da Guiné-Bissau, representando mais de 25% da população total do país. No entanto, mantiveram-se sempre fora do estado colonial e pós-colonial, devido à sua organização social. Os balantas podem ser divididos em seis subgrupos: balantas bravos, balantas cunantes, balantas de dentro, balantas de fora, balantas manés e balantas nagas.

Os arqueólogos crêem que o povo que viria a ser os balantas migrou para a actual Guiné-Bissau em grupos pequenos entre os séculos X e XIV d.C. Durante o século XIX, espalharam-se ao longo da área do mesmo país e do sul do Senegal, de forma a resistirem à expansão do reino de Gabu. A tradição oral entre os balantas diz que estes migraram para oeste desde a área onde são hoje o Egito, Sudão e Etiópia para escapar à seca e às guerras. Hoje, os balantas encontram-se principalmente nas regiões sul e centro da Guiné-Bissau.

São maioritariamente agricultores e criadores de gado, principalmente porcos. Existe uma importante população balanta em Angola

Felupes

Os felupes são um grupo étnico, sub-grupo dos Diolas e que compreende as populações existentes no Sul de Casamança e São Domingos na Guiné-Bissau, isto é, entre o Rio Casamansa e o Rio Cacheu.

Os felupes dedicam-se além da pesca, à cultura do arroz, da mandioca e da batata-doce.

Mandingas

Os mandingos (em mandingo: Mandinka) são um dos maiores grupos étnicos da África Ocidental, com uma população estimada em 11 milhões. São descendentes do Império Mali, que ascendeu ao poder durante o reinado do grande rei mandingo Sundiata Keita. Os mandingos pertencem ao maior grupo etnolinguístico da África Ocidental - o Mandè - que conta com mais de 20 milhões de pessoas (incluindo os diulas, os bozos e os bambaras). Originários do atual Mali, os mandingos ganharam a sua independencia de impérios anteriores no século XIII e fundaram um império que se estendeu ao longo da África Ocidental. Migraram para oeste a partir do rio Níger à procura de melhores terras agrícolas e de mais oportunidades de conquista. Através de uma série de conflitos, primeiramente com os fulas (organizados no reino de Fouta Djallon), levaram metade da população mandingo a converter-se do animismo ao islamismo. Hoje, cerca de 99% dos mandingos em África são muçulmanos, com algumas pequenas comunidades animistas e cristãs. Durante os séculos XVI, XVII e XVIII, cerca de um terço da população mandinga foi embarcada para a América como escravos, após a captura em conflitos. Uma parte significativa dos afro-americanos nos Estados Unidos são descendentes de mandingos.

Os mandingos vivem principalmente na África Ocidental, particularmente na Gâmbia, Guiné, Mali, Serra Leoa, Costa do Marfim, Senegal, Burquina Faso, Libéria, Guiné-Bissau, Níger, Mauritânia, havendo mesmo algumas comunidades pequenas no Chade, na África Central. Embora bastante dispersos, não se constituem no maior grupo étnico em qualquer dos países em que vivem, exceto na Gâmbia.



Manjacos

Os manjacos (em manjaco: Manjaku) são um povo que habita as ilhas de Pecixe e Jata e as margens dos rios Cacheu e Geba, na Guiné-Bissau. O nome do povo significa "eu digo-te".

A língua manjaca está classificada como parte das línguas Senegal-Guiné, que são uma subdivisão das línguas atlânticas.

Existem grandes comunidades de manjacos no Senegal, França, Gâmbia e nos países envolventes da Guiné-Bissau.

Nalus

Os nalus são uma etnia que habita no litoral sul da Guiné-Bissau (região de Tombali) e norte da Guiné, sendo maioritariamente muçulmanos. Estão numa fase de recente islamização, havendo ainda alguns elementos desta etnia de religião animista. Falam uma língua semi-banta. De elevada estatura, dedicam-se principalmente à agricultura, mas também à pesca.

Papéis

Os papéis são uma etnia originária da Guiné-Bissau. Representam actualmente 7% do total da população guineense. O mais conhecido elemento pertencente a este grupo étnico foi o ex-presidente da Guiné-Bissau, Nino Vieira. Os membros deste grupo falam a língua papel

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