Fulas
Os fulas ou fulanis (em fula: Fulɓe) são um grupo étnico que compreende várias populações
espalhadas pela África
Ocidental, mas também
na África Central e no Norte de África sudanês. Os países africanos por onde se
encontram incluem a Mauritânia, o Senegal, a Guiné, a Gâmbia, o Mali, a Nigéria, a Serra Leoa, o Benim, o Burquina
Faso, a Guiné-Bissau, os Camarões, a Costa do Marfim, o Níger, o Togo, a República
Centro-Africana, o Gana, a Libéria, até ao Sudão, a leste. Os fulas não são o grupo
maioritário em nenhum destes países, com excepção da Guiné.
São povos tradicionalmente nómadas que praticam a pastorícia.
Balantas
Os balantas (palavra que significa literalmente
"aqueles que resistem")
são um grupo
étnico dividido entre
a Guiné-Bissau, o Senegal e a Gâmbia. São o maior grupo étnico da
Guiné-Bissau, representando mais de 25% da população total do país. No entanto,
mantiveram-se sempre fora do estado colonial e pós-colonial, devido à sua
organização social. Os balantas podem ser divididos em seis subgrupos: balantas
bravos, balantas cunantes, balantas de dentro, balantas de fora, balantas manés
e balantas nagas.
Os arqueólogos crêem que o povo que viria a ser os
balantas migrou para a actual Guiné-Bissau em grupos pequenos entre os séculos X e XIV d.C. Durante o século XIX, espalharam-se ao longo da área do
mesmo país e do sul do Senegal, de forma a resistirem à expansão do reino de Gabu. A tradição oral entre os balantas
diz que estes migraram para oeste desde a área onde são hoje o Egito, Sudão e Etiópia para escapar à seca e às guerras.
Hoje, os balantas encontram-se principalmente nas regiões sul e centro da
Guiné-Bissau.
São maioritariamente agricultores e criadores de gado, principalmente porcos. Existe uma importante população
balanta em Angola
Felupes
Os felupes são um grupo étnico, sub-grupo dos Diolas e que compreende as populações
existentes no Sul de Casamança e São Domingos
na Guiné-Bissau, isto é, entre o Rio Casamansa e o Rio Cacheu.
Os felupes dedicam-se além da pesca, à cultura do arroz,
da mandioca e da batata-doce.
Mandingas
Os mandingos (em mandingo: Mandinka) são um dos maiores grupos étnicos da África
Ocidental, com uma
população estimada em 11 milhões. São descendentes do Império Mali, que ascendeu ao poder durante o
reinado do grande rei mandingo Sundiata Keita. Os mandingos pertencem ao maior
grupo etnolinguístico da África Ocidental - o Mandè - que conta com mais de 20 milhões de
pessoas (incluindo os diulas, os bozos e os bambaras). Originários do atual Mali, os mandingos ganharam a sua independencia de impérios anteriores no século XIII e fundaram um império que se estendeu
ao longo da África Ocidental. Migraram para oeste a partir do rio Níger à procura de melhores terras
agrícolas e de mais oportunidades de conquista. Através de uma série de
conflitos, primeiramente com os fulas (organizados no reino de Fouta Djallon),
levaram metade da população mandingo a converter-se do animismo ao islamismo. Hoje, cerca de 99% dos mandingos em África são muçulmanos, com algumas pequenas
comunidades animistas e cristãs. Durante os séculos XVI, XVII e
XVIII, cerca de um terço da população mandinga foi embarcada para a América
como escravos, após a captura em conflitos. Uma parte significativa dos
afro-americanos nos Estados
Unidos são
descendentes de mandingos.
Os mandingos vivem principalmente na África Ocidental,
particularmente na Gâmbia, Guiné, Mali, Serra Leoa, Costa do Marfim, Senegal, Burquina Faso, Libéria, Guiné-Bissau, Níger, Mauritânia, havendo mesmo algumas comunidades
pequenas no Chade, na África Central. Embora bastante dispersos, não se
constituem no maior grupo étnico em qualquer dos países em que vivem, exceto na
Gâmbia.
Manjacos
Os manjacos (em manjaco: Manjaku) são um povo que habita as
ilhas de Pecixe e Jata e as margens dos rios Cacheu e Geba, na Guiné-Bissau. O nome do povo significa "eu
digo-te".
A língua manjaca está classificada como parte das línguas
Senegal-Guiné, que são uma subdivisão das línguas atlânticas.
Existem grandes comunidades de manjacos no Senegal, França, Gâmbia e nos países envolventes da
Guiné-Bissau.
Nalus
Os nalus são uma etnia que habita no litoral sul
da Guiné-Bissau (região de Tombali) e norte da Guiné, sendo maioritariamente muçulmanos.
Estão numa fase de recente islamização, havendo ainda alguns elementos desta
etnia de religião animista. Falam uma língua semi-banta. De elevada estatura,
dedicam-se principalmente à agricultura, mas também à pesca.
Papéis
Os papéis são uma etnia originária da Guiné-Bissau. Representam actualmente 7% do total
da população guineense. O mais conhecido elemento pertencente a este grupo étnico foi o ex-presidente da Guiné-Bissau, Nino Vieira. Os membros deste grupo falam a
língua papel
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