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domingo, 17 de junho de 2012

Artesanato em cabo verde



O artesanato tem grande importância na cultura cabo-verdiana. A tecelagem e a cerâmica são artes muito apreciadas no país. Produzido quer para utensílio, quer para decoração, o artesanato do Cabo Verde é muito singular e é verdadeiro instrumento de expressão da cultura popular. Hoje em dia, ele é igualmente atracção para os turistas, constituindo seu fabrico e comercialização o único meio de subsistência para algumas famílias.

O artesanato cabo-verdiano reflecte, naturalmente, o quotidiano da população, não só através dos materiais que usa como também dos temas que trata.

A cestaria em caniço, a tecelagem em algodão e a tapeçaria são áreas expressivas privilegiadas pelos artesãos locais. Também o barro vermelho, retratando o homem/tipo cabo-verdiano, merece menção especial. Finalmente, os trabalhos com casca de coco, o batik, a bijutaria com conchas e as bonecas de trapos dão testemunho da criatividade dos artistas do arquipélago.

O trabalho criativo dos artesãos populares de Cabo Verde tem sido merecidamente apoiado pelo Centro Nacional de Artesanato (que será reinaugurado em 2007), sedeado no Mindelo, e cuja função consiste em investigar, formar, produzir, comercializar e divulgar as diversas expressões do artesanato cabo-verdiano.

Como sociedade cosmopolita que é integrada nos ventos da mundialização e intercâmbio de experiências, Cabo Verde tem artistas plásticos de reconhecido mérito a nível internacional. Em primeiro lugar citemos Leão Lopes, uma referência incontornável da cultura actual; ceramista, gráfico, fotógrafo, animador da galeria Alternativa, mentor da revista "Ponto e Vírgula", enfim, artista polivalente que pensa o presente já projectado para o futuro. Mas também merecem menção os pintores Kiki Lima, Tchalé Figueira, Bela Duarte (tapeçaria), Luísa Queiroz e Manuel Figueira - haveria muitos mais a citar - cuja obra reflecte sobre a dimensão social cabo-verdiana enquadrada num imaginário fantástico.

Uma amostra do artesanato cabo-verdiano, por ilhas:

 - Santiago: olaria utilitária (vasos, vasilhas); bonecos de barro; cestaria; pano-de-terra; licores; peças decorativas em coco.

- S. Vicente: fabricação de instrumentos de corda; peças de barro; objectos em pedra; bijouteria.

- Fogo: peças decorativas feitas de lava; licores; vinho caseiro; compotas de frutas e geleias; queijo de cabra.

- Brava: bordados

- Santo Antão: grogue, licores, pontche, cestaria

- Boavista: olaria

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