O artesanato tem grande importância na cultura cabo-verdiana. A tecelagem e a cerâmica são artes muito apreciadas no país. Produzido quer para utensílio, quer para decoração, o artesanato do Cabo Verde é muito singular e é verdadeiro instrumento de expressão da cultura popular. Hoje em dia, ele é igualmente atracção para os turistas, constituindo seu fabrico e comercialização o único meio de subsistência para algumas famílias.
O artesanato
cabo-verdiano reflecte, naturalmente, o quotidiano da população, não só através
dos materiais que usa como também dos temas que trata.
A cestaria
em caniço, a tecelagem em algodão e a tapeçaria
são áreas expressivas privilegiadas pelos artesãos
locais. Também o barro vermelho, retratando o homem/tipo cabo-verdiano, merece
menção especial. Finalmente, os trabalhos com casca de coco, o
batik, a bijutaria com conchas e as bonecas
de trapos dão testemunho da criatividade dos artistas do arquipélago.
O
trabalho criativo dos artesãos populares de Cabo Verde tem sido merecidamente
apoiado pelo Centro Nacional de Artesanato (que será reinaugurado em 2007),
sedeado no Mindelo, e cuja função consiste em investigar, formar, produzir,
comercializar e divulgar as diversas expressões do artesanato cabo-verdiano.
Como
sociedade cosmopolita que é integrada nos ventos da mundialização e intercâmbio
de experiências, Cabo Verde tem artistas plásticos de reconhecido mérito a
nível internacional. Em primeiro lugar citemos Leão Lopes, uma
referência incontornável da cultura actual; ceramista, gráfico, fotógrafo,
animador da galeria Alternativa, mentor da revista "Ponto e Vírgula",
enfim, artista polivalente que pensa o presente já projectado para o futuro.
Mas também merecem menção os pintores Kiki Lima, Tchalé
Figueira, Bela Duarte (tapeçaria), Luísa
Queiroz e Manuel Figueira - haveria muitos mais a
citar - cuja obra reflecte sobre a dimensão social cabo-verdiana enquadrada num
imaginário fantástico.
Uma amostra do artesanato cabo-verdiano, por ilhas:
- Santiago: olaria utilitária (vasos, vasilhas); bonecos de barro; cestaria; pano-de-terra; licores; peças decorativas em coco.
- S. Vicente: fabricação de instrumentos de corda; peças de barro; objectos em pedra; bijouteria.
- Fogo: peças decorativas feitas de lava; licores; vinho caseiro; compotas de frutas e geleias; queijo de cabra.
- Brava: bordados
- Santo Antão: grogue, licores, pontche, cestaria
- Boavista: olaria
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