A cultura portuguesa tem as suas raízes na cultura celta,
ibérica, germânica e romana. A diferenciação cultural dos portugueses
manifesta-se através dos tipos de habitação, das manifestações religiosas, da
gastronomia e do folclore, ou até das calçadas tipicamente portuguesas e da
azulejaria.
A gastronomia é um ramo que abrange a culinária, as bebidas, os materiais usados na alimentação e, em geral, todos os aspectos culturais a ela associados. Um gastrônomo (gourmet, em francês) pode ser um(a) cozinheiro(a), mas pode igualmente ser uma pessoa
que se preocupa com o refinamento da alimentação, incluindo não só a forma como
os alimentos são preparados, mas também como são apresentados, por exemplo, o vestuário e a música ou dança que acompanham as refeições.
Por essas razões, a gastronomia tem um foro mais alargado
que a culinária, que se ocupa mais especificamente das técnicas de confecção dos alimentos. Um provador de vinhos é um gastrônomo especializado
naquelas bebidas (e, muitas vezes, é também um gastrônomo no sentido mais amplo
do termo).
O prazer proporcionado pela comida é um dos factores mais
importantes da vida depois da alimentação de sobrevivência. A gastronomia nasceu
desse prazer e constituiu-se como a arte de cozinhar e associar os alimentos
para deles retirar o máximo benefício. Cultura muito antiga, a gastronomia
esteve na origem de grandes transformações sociais e políticas. A alimentação
passou por várias etapas ao longo do desenvolvimento humano, evoluindo do
nômade caçador ao homem sedentário, quando este descobriu a importância da agricultura e da domesticação dos animais.
A fixação à terra trouxe uma maior abundância de comida,
o que provocou um aumento demográfico que por sua vez levou a um esgotamento
dos recursos e à consequente migração para novos locais a explorar. Houve
apenas duas importantes excepções na história antiga: o Egipto e a Mesopotâmia, devido à fertilidade trazida pelas
águas dos rios Nilo, Tigre e Eufrates que se mantiveram constantes ao longo
dos anos.
A riqueza proporcionada pela abundância trouxe a
curiosidade pela novidade e pelo exotismo. O homem teve então necessidade de
complementar a sua dieta com alimentos que localmente não tinha, dando origem
ao comércio levado a cabo por alguns homens que
continuaram nómadas para que muitos outros se pudessem fixar à terra. O homem
que viajava, o comerciante, não só levava aquilo que faltava como introduzia
novos alimentos, criando necessidades imprescindíveis ao desenvolvimento do seu
negócio. O transporte de alimentos provocou a necessidade de aditivos: por
exemplo, o aroma da resina de alguns actuais vinhos gregos foi induzido pelo facto de se utilizar a resina em tempos
remotos para tratar os odres de cabra que continham o vinho.
A humanidade cedo se apercebeu das virtudes da associação
de certas plantas aromáticas aos alimentos para lhes exaltar o sabor,
contribuir para a sua conservação e permitir uma melhor e mais saudável
assimilação por parte do corpo. Muitas guerras se fizeram pela apropriação de
recursos alimentares que de uma forma geral são escassos e que determinam o
poder para quem domina a gestão desses recursos. A título de exemplo, a busca
das especiarias foi um dos factores que contribuíram
para a queda do Império Romano e quando a Europa parte para os Descobrimentos Marítimos tem como móbil o controlo
da rota das especiarias que implicou a colonização e o esclavagismo renascentistas.
A arte do prazer da comida motivou génios como Leonardo da Vinci, inventor de vários acessórios de
cozinha, como o célebre "Leonardo"
para esmagar alho, regras de etiqueta à mesa, para além de novas receitas.
Percursor da nouvelle cuisine, Da Vinci fundou com outro sócio o restaurante
"A Marca das Três Rãs"
em Florença. A gastronomia despertou curiosas
sensibilidades em músicos como Rossini e em escritores portugueses e
estrangeiros. Camilo
Castelo Branco era
avesso a descrições mas não resistiu a descrever um saboroso caldo verde, enquanto que Eça de
Queirós tem inúmeras
menções a restaurantes nas suas obras. O culto dos prazeres da mesa chegou ao
ponto de fazer com que os aficcionados se juntassem em associações
gastronómicas como a belga "Ordre
des Agathopédes" em 1585, a francesa "Confrérie de
la Jubilation" ou o português "Clube dos Makavenkos" em 1884, para além de exemplos mais recentes como o Slow Food, que em reacção ao Fast Food tem como símbolo um caracol.
O primeiro tratado sobre gastronomia foi escrito por Jean
Anthelme Brillat-Savarin, um gastrónomo francês que, em 1825, publicou a “Fisiologia do Paladar”, cujo título completo em francês é Physiologie du Goût, ou Méditations de
Gastronomie Transcendante; ouvrage théorique, historique et à l'ordre du jour,
dédié aux Gastronomes parisiens, par un Professeur, membre de plusieurs
sociétés littéraires et savantes. Por este título que, em português poderia ser traduzido como
"Fisiologia do Paladar ou Meditações sobre a Gastronomia Transcendental,
obra teórica, histórica e actual, dedicada aos Gastrónomos parisienses, por um Professor, membro de várias sociedades literárias
e científicas", pode considerar-se a gastronomia como uma ciência ou uma arte.
No entanto, não se deve confundir esta ciência com a nutrição ou a dietética, que estudam os alimentos do ponto de vista da saúde e da medicina, uma vez que a gastronomia é
estritamente relacionada ao aspecto comercial (no que diz respeito à preparação
de comida em restaurantes) e cultural (no que diz respeito ao estudo desta
ciência).
A cozinha portuguesa é um
sinónimo da fusão da cozinha mediterrânica e atlântica, que se demonstra na
quantidade que tradicionalmente este povo consome de Peixe.
Não há cozinha portuguesa
sem o bom azeite do nosso Ribatejo, Alentejo , o pão caseiro quentinho , regado
pelo bom vinho do Douro ou Alentejo.Não esquecendo os belos dos nossos produtos
hortícolas das nossas planícies alentejanas, a nossa fruta fresca de Alcobaça,
o Porco Preto Alentejano de onde se destacam os maravilhosos enchidos de
denominação protegida da zona de Estremoz e Borba e os fenomenais presuntos.
Para culminar esta deliciosa
oferta temos ainda os maravilhosos doces conventuais, entre elas as Barrigas de
Freira, os Ovos Moles e os açucarados Fios de Ovos.
Como resultado dos
Descobrimentos começou o consumo excessivo de especiarias e açúcar, tal como o
feijão e a batata que qualquer um de nós não passa sem eles.
A variedade de pratos
regionais é imensa, podendo pratos com nomes iguais terem confecções
diferentes.
Podemos afirmar que a
gastronomia portuguesa é um mundo de sonho, recomendável a qualquer curioso.
O Pastel de Belém ou Pastel de Natas é um doce
tradicional da culinária Portuguesa, surgiu em 1837 na cidade de Belém (bairro
de Lisboa), os monges do Mosteiro dos Jerónimos tentam fazer subsistir a ordem.
Começam então a vender pastéis de nata, afim de ganhar dinheiro, numa pequena
pastelaria contígua ao mosteiro.
Naquela
época, Lisboa e Belém eram duas cidades distintas ligadas por embarcações a
vapor. A presença do Mosteiro e a Torre de Belém atraiam muitos turistas que
ficavam admirados pela beleza e bom sabor que estes tinham: pastéis de Belém.
A sua receita foi logo bem guardada. Os chefes pasteleiros são os únicos a conhecer o segredo, e devem prestar juramento de silêncio para salvaguardar esta famosa receita gastronómica. Ainda hoje, estes chefes pasteleiros fabricam sempre artesanalmente estes deliciosos pastéis.
No entanto, hoje em dia qualquer café ou pastelaria em Portugal oferece-lhe pastéis de nata, mas a origem vem de Belém, tanto que a casa fundadora guardou a denominação "Pastéis de Belém".
A sua receita foi logo bem guardada. Os chefes pasteleiros são os únicos a conhecer o segredo, e devem prestar juramento de silêncio para salvaguardar esta famosa receita gastronómica. Ainda hoje, estes chefes pasteleiros fabricam sempre artesanalmente estes deliciosos pastéis.
No entanto, hoje em dia qualquer café ou pastelaria em Portugal oferece-lhe pastéis de nata, mas a origem vem de Belém, tanto que a casa fundadora guardou a denominação "Pastéis de Belém".
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